Educação a distância de jovens e adultos : desterritorializando e cartografando o ensino de física em ambiente virtual de aprendizagem
Ano: 2017
Tipo: Dissertação
Agência fin.: Sem agência definida
Grau: Mestrado
Disciplina: Ensino de Ciências e Matematica
Universidade (IES): UNICAMP
Faculdade/Departamento: Instituto de Física Gleb Wataghin
Programa: Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática
Fonte de dados: UNICAMP DSpace
Autor: Barbosa, Aline Pinto
Orientador: Fernando Jorge da Paixão Filho
Assunto: Desterritorializacao,Aprendizagem rizomatica,Fisica - Estudo e ensino,Ensino a distancia,Educacao de jovens e adultos,Ambiente virtual de aprendizagem,Deterritorialization,Rhizomatic learning,Physics - Study and teaching,Distance education,Youth and adult education,Virtual learning environment
Resumo: Resumo: O trabalho aqui apresentado foi desenvolvido no contexto da Educação a distância de jovens e adultos (EJA/EAD), oferecida de forma pioneira pela rede pública do Distrito Federal. Nele buscamos investigar de que forma as ferramentas disponíveis para a EAD podem ser utilizadas no ensino de Física, de modo a substituir: o excesso de definições e exercícios numéricos pela criação de discursos e conceitos, a mera transmissão/reprodução dos produtos/resultados da Física pela vivência de processos criativos, a visão das respostas certas e do pensamento convergente como única possibilidade pela valorização do erro e do pensamento divergente, bem como o foco nas experiências individuais de ensino-aprendizagem pela valorização das experiências interativas e dos encontros. Nesse sentido, inspirando-nos nos pressupostos teóricos dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, buscamos opor a um ensino de física arborescente (assentado na representação e no qual toda dissonância é considerada indesejada), um projeto rizomático no qual o conhecimento é deixado livre para crescer em todas as direções, através das conexões que se potencializam e se multiplicam quando paramos de aprisionar os processos de aprendizagem à camisa de força de um único caminho possível (com pontos de partida e chegada já determinados previamente). Desta forma, este trabalho apresentou a proposta de um movimento de desterritorialização, tanto em relação ao ensino de Física tradicional, quanto em relação ao tradicional uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC¿s) como meras substitutas da sala de aula presencial, movimento este que, em certo momento, passou a compor as três questões principais da pesquisa: por que e para quê desterritorializar no Ensino de Física, e qual direção atribuir ao vetor reterritorialização? O auge da busca por possibilitar essa desterritorialização foi a inclusão, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), de quatro fóruns interativos ¿ já não mais o local de os alunos darem as tão costumeiras respostas certas, mas sim o local de criarem coletivamente e de produzirem e expressarem pensamentos. Houve também a criação de questões de prova semelhantes às propostas dos fóruns e a aplicação de um questionário de avaliação do curso, objetivando, sobretudo, obter pistas de outras duas questões de pesquisa: diante de um repertório mais amplo de atividades, como se dão as escolhas dos alunos em relação às atividades que lhes despertam mais prazer e em relação àquelas que mais lhes ajudam a aprender a Física? Conforme nossos objetivos iniciais, as respostas dos alunos foram, em vez de interpretadas, cartografadas, ou seja, em vez de nos aproximarmos dos discursos para nos apoderarmos deles, aproximamo-nos buscando ser afetados por eles, acreditando que, dessa maneira, podemos explicitar melhor as inúmeras possibilidades que surgem quando arriscamos o movimento de desterritorialização aqui proposto. Quanto aos termos desterritorialização, cartografia, aprendizagem rizomática ¿ dentre outros que usaremos ao longo desta dissertação e que também foram emprestados do referencial teórico adotado ¿, eles tiveram suas noções deleuzo-guattarianas melhor explicadas no Glossário disponibilizado ao final deste trabalho
Abstract: 'Abstract: The work presented here was developed in the context of Distance Education for young and adults people (DEY/DEA) offered in a pioneering way by the network public schools of the Federal District. In this work, we try to investigate the tools available for DEA which can be used in Physics teaching, in order to replace the following: the excess of definitions and numerical exercises by the creation of discourses and concepts, the mere transmission/reproduction of the products/results of Physics, by the experience of creative processes, the vision of the right answers and convergent thinking as the only possibility, instead valuing the mistake and divergent thinking, as well as the focus on individual teaching-learning experiences, by valuing of interactive experiences and meetings. In this sense, based on the theoretical assumptions of French philosophers Gilles Deleuze and Félix Guattari, we seek to oppose a teaching of arborescent Physics (based on representation and in which all dissonance is considered undesirable), a rhizomatic project in which knowledge is left free to grow in all directions, through the connections that increase and multiply when we stop confining the learning processes to an straitjacket of a single possible way (with departure and arrival points previously determined). In this way, this work presented the proposal of a deterritorialization movement, both in relation to traditional Physics teaching and also in relation to the traditional use of Information and Communication Technologies (TIC¿s), as mere presential classroom substitute, a movement that, at certain point, began to compose the three main questions of the research: why and for what to deterritorialize in the teaching of Physics, and which direction to attribute to the vector reterritorialization? The top of the search for enabling this deterritorialization was the inclusion in Virtual Learning Environment (VLE), of four interactive forums - no longer the place for students giving the usual "right answers" but rather the place to create collectively, to produce and express thoughts. There was also the creation of questions of similar test to the proposals of the forums and the application of a questionnaire of evaluation of the course, aiming, mainly, to obtain clues of two other questions of research: In front of a wider repertoire of activities, as the students choices are made in relation to the activities that arouse them more pleasure and in relation to those that most help them learn Physics? According to our initial objectives, the students answers were, instead of interpreted, cartographed, that is, instead of approaching the discourses to take them, we approach them seeking to be affected by them believing that, in this way, we can better explain the innumerable possibilities that arise when we risk the movement of deterritorialization proposed here. As for the terms deterritorialization, cartography, rhizomatic learning ¿ among others that we will use throughout this dissertation and which were also borrowed from the adopted theoretical framework ¿, they had their deleuzo-guattarian notions better explained in the Glossary made available at the end of this work,\$aEnsino de Ciencias e Matematica,\$aMestra em Ensino de Ciências e Matemática'
Referência: BARBOSA, Aline Pinto. Educação a distância de jovens e adultos: desterritorializando e cartografando o ensino de física em ambiente virtual de aprendizagem. 2017. 1 recurso online (234 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Física Gleb Wataghin, Campinas, SP. Disponível em:
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